terça-feira, 28 de abril de 2009

" AMOR DE INFÂNCIA."

Embora o destino tenha nos separado. Eu tenho certeza que ficou algo de mim em você, assim como ainda tenho muito de ti dentro de mim. Cada sorriso quando criança, cada brincadeira que inventávamos. Nada foi em vão. Lembro quando eu matava aula pra passar a manhã contigo assistindo desenho animado. E não era só amizade, sabíamos que era algo muito maior. Só não tínhamos coragem o suficiente pra assumirmos. Eu sempre gostei de ti, admiro essa tua lealdade para com quem ama. A tua tão humilde atitude de aceitar a vida do jeito que ela é. Lembra quando eu subi no muro do vizinho e quase me esborracho no chão? Quem estava lá pra me salvar? Você. Eu te amei sim embora nunca tenha te dito, mas não precisava mesmo. Assim como entendo o teu olhar tu entendes o meu. E eu não sabia porque você fazia questão de fechá-los para isto. Fechar os olhos para o amor, um dos mais belos; o de infância. Você foi o meu primeiro homem. Embora eu não tivesse medo de perder tua amizade, eu sempre almejei e queria mais de ti, enfim tive, compromisso firmado. De tanto eu insistir, e você sempre batendo na mesma tecla; fazia questão de não querer abrir os olhos pra realidade. Que eu gostava de ti de verdade e te queria pra mim. Eu consegui! Mas não soube dar valor, me equivoquei ao tomar uma certa atitude. E te perdi, assim como quem entra em um labirinto e não sabe como encontrar a saída. Hoje o destino faz questão que nos encontremos, assim como um susto e que susto maravilhoso que é. Embora tenhamos tomado rumos diferentes, quando te vejo meu coração dói, quase sai pra fora. Só não sei se é de amor ou de rancor por ter te perdido tão facilmente. Mas o que me conforta é que por menor que seja esse nosso encontro casual, é que posso olhar nos teus olhos e sentir que nada mudou. Que apesar de estarmos separados fisicamente, eu sei que você me carrega aí nesse coração, assim como você está em mim. E o bom é saber que nada do que fizemos foi em vão.

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